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85% dos Fios se Soltam do Chip Cerebral do Primeiro Paciente da Neuralink de Elon Musk

85% de fios se soltam do cérebro de primeiro paciente a receber o chip da Neuralink, de Elon Musk Progressos do primeiro paciente humano a receber chip cerebral da empresa sofreram revés, mas o jovem de 30 anos pretende continuar trabalhando com a companhia

85% dos Fios se Soltam do Chip Cerebral do Primeiro Paciente da Neuralink de Elon Musk
Publicado em 31/05/2024 às 15:23

Em um revés significativo para a Neuralink, empresa de neurotecnologia de Elon Musk, 85% dos fios do chip cerebral implantado no primeiro paciente humano, Nolan Arbaugh, se desconectaram de seu cérebro. Arbaugh, de 30 anos, é tetraplégico e se voluntariou para os testes iniciais do dispositivo inovador, mas o progresso esperado sofreu um duro golpe.

Expectativas e Primeiros Problemas

Nolan Arbaugh, que perdeu os movimentos do pescoço para baixo após um acidente de mergulho em 2016, se inscreveu para o teste da Neuralink na esperança de melhorar sua qualidade de vida. Inicialmente, houve avanços promissores, como a capacidade de mover o cursor de um computador usando apenas o chip cerebral. No entanto, em questão de semanas, o experimento começou a falhar.

A Neuralink admitiu no início do mês que o dispositivo implantado enfrentou problemas, mas só recentemente foi divulgado pela imprensa americana que apenas 15% dos filamentos do chip permaneceram conectados ao cérebro de Arbaugh. Este problema destaca a dificuldade da empresa em desenvolver um dispositivo durável e confiável.

O Desenvolvimento do Chip

Desenvolvido para criar uma interface cérebro-computador (ICC), o chip da Neuralink é composto por cabos finos como fios de cabelo que se conectam a eletrodos dentro do cérebro. A expectativa era que o tecido cicatricial ajudasse a segurar os fios no lugar, mas o movimento natural do cérebro aparentemente comprometeu as conexões.

A Jornada de Nolan Arbaugh

Nolan, que aprendeu a viver em uma cadeira de rodas e a usar um iPad com um bastão na boca, viu na Neuralink uma oportunidade de recuperar parte de sua independência. Após uma série de exames psicológicos e do cérebro, ele foi submetido à cirurgia para a implantação do chip em janeiro deste ano.

Os primeiros meses trouxeram resultados positivos. Através do chip, Nolan conseguiu interagir com um MacBook, movendo o cursor e realizando multitarefas, como ouvir audiolivros, assistir televisão e jogar videogames ao mesmo tempo. Ele descreveu a experiência como transformadora, permitindo-lhe sentir-se menos desamparado e menos um fardo para os outros.

Problemas e Recalibração

Apesar do início promissor, dentro dos primeiros 100 dias, a desconexão de vários fios do chip resultou em uma queda nas funcionalidades do dispositivo. Nolan não esperava que seu cérebro se movimentasse tanto, o que contribuiu para os problemas de conexão. No entanto, após duas semanas de recalibração, a Neuralink conseguiu ajustar o software, melhorando novamente o desempenho do chip.

Esperança e Futuro

Mesmo com os desafios, Nolan Arbaugh permanece otimista e deseja continuar trabalhando com a Neuralink. Ele acredita nos avanços e no potencial do ICC para mudar vidas. “(O ICC) Me fez sentir menos desamparado e menos como um fardo. Me tornou mais independente”, afirmou Nolan.

A história de Nolan Arbaugh é um testemunho do potencial da tecnologia da Neuralink e das dificuldades inerentes ao desenvolvimento de interfaces cérebro-computador. A empresa de Elon Musk está na vanguarda de uma revolução tecnológica que promete transformar a forma como interagimos com o mundo ao nosso redor, mas ainda enfrenta obstáculos significativos em sua jornada.

Com a determinação de Nolan e os esforços contínuos da Neuralink, há esperança de que futuras iterações do chip cerebral possam superar os problemas atuais, proporcionando uma nova era de possibilidades para pessoas com deficiências.