Com 29 crianças na fila por UTI, a Secretaria Municipal de Saúde (Sesau) de Campo Grande decretou situação de emergência por 90 dias para facilitar as ações de enfrentamento à Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG). A medida visa agilizar a abertura de novos leitos nas unidades de saúde da cidade.

De acordo com a secretária de Saúde, Rosana Leite, o aumento da ocupação dos leitos nas unidades de saúde da prefeitura e da rede contratualizada de urgência e emergência é resultado do aumento de casos de SRAG na capital. Enquanto no ano passado foram registrados 1.400 casos da síndrome, este ano já são mil casos. Além disso, o tempo de internação dos pacientes aumentou para 10 a 15 dias, dificultando a rotatividade dos leitos.

“O paciente interna e a gente não consegue colocar outro”, explicou a secretária em coletiva de imprensa.

O decreto, publicado nesta tarde em edição extra do Diogrande (Diário Oficial de Campo Grande), autoriza a adoção de medidas administrativas necessárias para o atendimento da situação emergencial e poderá ser prorrogado ao final dos 90 dias.

Para evitar a espera na fila por leitos, a Sesau está negociando a abertura de 10 novos leitos na Santa Casa. Atualmente, são 120 pacientes regulados por dia, sendo 20% deles crianças.

Rosana Leite afirmou que a Sesau já ampliou a quantidade de médicos em todas as unidades de saúde de Campo Grande, assim como enfermeiros e técnicos de enfermagem na classificação de risco. O decreto permite que as compras de insumos e a contratação de leitos sejam feitas de forma mais rápida, para atender à demanda emergencial.

Com essas medidas, espera-se aumentar a capacidade de atendimento e reduzir o tempo de espera por leitos de UTI na cidade.